💕 Definição Teológica, Científica e Filosófica do Amor
Considero as palavras do Apóstolo Paulo aos coríntios a maior definição do amor, no aspecto teológico e filosófico, em toda a história, veja: "O amor é muito paciente e bondoso, nunca é invejoso ou ciumento, nunca é presunçoso ou orgulhoso, nunca é arrogante, nem egoísta, nem tampouco rude, o amor não exige que se faça o que ele quer. Não é irritadiço nem melindroso, não guarda rancor e dificilmente notará o mal que outros lhe fazem. Nunca está satisfeito com a injustiça, mas se alegra quando a verdade triunfa. Se você amar alguém, será leal para com ele, custe o que custar. Sempre acreditará nele, sempre esperará o melhor dele, e sempre manterá em sua defesa”. BV (1Co 13.4-7
A palavra amor (do latim amor) presta-se a múltiplos significados na língua portuguesa. Pode significar afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer
bem, satisfação, conquista, desejo, libido,
etc.
O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um
vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber
este comportamento amoroso e enviar os estímulos sensoriais e psicológicos
necessários para a sua manutenção e motivação. É tido por muitos como a maior
de todas as conquistas do ser.
1. Dentro da Filosofia grega o amor é definido de várias formas.
E esta definição grega é a base para o estudo
dentro da teologia; mas eu não vejo assim. As principais formas de linha de
interpretação são três e vou mencioná-las aqui só para se ter uma ideia, que
são: O amor Ágape, Fileo e Ereos. Eu vejo o amor apenas em categoria e em duas esferas, a esfera
divina e a humana. O único amor verdadeiro e eterno é o de Deus. O que se chama de amor
Eros, Fileo e Ágape, são formas da manifestação do amor ou método de estudo. O amor é um só, em duas manifestações, na dimensão Divina e na dimensão humana.
Ninguém consegue amar, de nenhuma forma, sem estar de uma forma ou de outra, vinculado
ao amor basilar, o amor de Deus. Toda essa aparente “modalidade” de amor,
dentro da filosofia e teologia, não passa de sentimentos instáveis, que hoje
existe e amanhã pode não existir mais. Esse seria o amor humano.
Qualquer pessoa tem dentro do seu coração o amor Divino e pode expressá-lo da forma que quiser, sem medo; não há como cometer erros quando se está amando. Na sua origem, a Fonte Divina, o amor é eterno e perfeito, mas na expressão do homem ele é relativo, falho, imperfeito, instável e finito, e pode ser até egoísta, uma vez que no exercício humano, na maioria das vezes, é o ego que o expressa. Portanto, no coração do homem é, normalmente relativo, limitado e imperfeito. Isso porque ao chegar no coração do homem ele passa pelos filtros humanos e já não se expressa como na origem. A não ser que esse homem esteja vivendo em plena sintonia com o Criador. No entanto, o amor pode ser duradouro por toda a sua vida de uma pessoa, dependendo de como ele é cultivado, pois está escrito que o amor de Deus derramado no seu coração, veja (Rm 5.5).
O amor é a capacidade nata com a qual Deus habilitou cada ser humano para exercer. Ele pode se transformar em sentimento superficial, profundo, intenso, egoísta, possessivo, apaixonado, incompreensivo, inexplicável, pode ser bom, pode ser até mau, virar paixão doentia, pode ser até destrutivo e danoso, se for desprovido da forma original. Temos visto tantas tragédias praticadas pelo ser humano em nome desse amor. Quando esse sentimento original do amor, como capacidade advinda de Deus ao homem, se desvia do seu curso normal, não deveria ser chamado mais de amor e sim de obsessão. Na forma original esse conceito de amor é, também, perfeita, saudável, construtiva, que produz prazer em ambas partes. Mas quando a mesma é alterada, pervertida e deturpada, tudo muda de positivo para negativo. Quando esse amor deixa o principio da razão para exercer apenas na emoção, se transforma em uma paixão obsessiva.
O amor que a maioria conhece não é mais do que um impulso biológico; depende da sua própria química e hormonas. É facilmente mutável - uma mudança na sua química e o amor que considerava uma “verdade absoluta” simplesmente desaparece. Você chamou “amor” ao desejo. Precisa recordar sempre esta distinção. Sócrates tem razão: quando se conhece o amor, conhece-se a verdade, porque ambos são dois nomes para uma mesma experiência. E, se nunca conheceu a verdade, lembre-se de que nunca conheceu o amor.
A paixão é um forte sentimento que se pode tonar até mesmo como uma patologia oriunda do amor, todavia deturpada pela estupidez humana. Manifestada a paixão em devida circunstância, o indivíduo tende a ser menos racional, priorizando o instinto de possuir o objeto que lhe causou o desejo. Sendo assim, o apaixonado pode transcender seus limites no que tange a razão e, em situações extremas, beirar a obsessão.
Essa atração intensa e impetuosa está intimamente ligada à baixa de serotonina no cérebro: substância química (neurotransmissora) responsável por vários sentimentos e patologias, dentre eles a ansiedade e o estresse; a depressão e a psicose obsessiva-compulsiva”.
2. O Amor na forma de paixão e loucura
Estudos têm demonstrado que o escaneamento dos
cérebros dos indivíduos apaixonados exibe uma semelhança com as pessoas portadoras de uma doença mental. O “amor” (nesse caso,
paixão), cria uma atividade na mesma área do cérebro que a fome, a sede, e
drogas pesadas, criando atividade *Polimerase. Novos amores, portanto, poderiam ser mais emocionais do que físicos.
Ao longo do tempo, essa reação ao amor muda, e diferentes áreas do cérebro são
ativadas, principalmente naqueles amores que envolvem compromissos de longo
prazo. O Dr. Andrew Newberg, um neurocientista, sugere que esta reação de modificação do amor é tão
semelhante ao do vício às drogas, porque sem amor, a humanidade morreria.
a- A Neurobiologia do “estar apaixonado”
Na área da neurobiologia, existem estudos apoiados em
resultados de eletroencefalografia e no registro das correntes elétricas que ocorrem no cérebro
durante o estado “paixão”, comprovam que apresenta a mesma elevada atividade
como aquela registrada durante a libido. Quando alguém se apaixona registra-se
maior produção de dopamina, responsável pelo estado de
euforia, adrenalina, responsável pela excitação, a endorfina,
pela sensação de felicidade e bem estar e finalmente eleva a testosterona que
contribui para a maior apetência sexual do homem. Simultaneamente são
libertados substâncias químicas, os feromônios ou feromonas que
exercem atração olfativa em animais da mesma espécie. Por outro lado diminui
drasticamente o nível de serotonina, o que faz com que o estado
“estar apaixonado” se assemelha ao estado registrado durante as doenças
psíquicas. Por isso muitos apaixonados se comportam mais impulsivamente, sem
inibição como se estivessem fora do seu controle racional.
b- Após alguns meses, o corpo se acostuma a estas elevadas doses (segundo a OMS - Organização Mundial da Saúde, dura no máximo 24 a 36 meses) e diminui gradualmente a “intoxicação” do cérebro. Quando isso acontece aquela paixão quase irracional deixa de existir. Se todo esse sentimento de paixão não for adjunto da premissa de do verdadeiro amor, pode até desaparecer; mas o amor verdadeiro pode permanecer por toda a vida. Porque este é o amor de Deus no nossos corações (Rm 5.5). E esse jamais acaba (1Co 13)
O amor “humano” – podemos chamar esse
sentimento bom e de bem que para o qual todo ser humano tem de praticar de amor. Tudo ser humano por
pior que seja, tem um sentimento de bem no seu coração, que pode ou não ser desenvolvido.
Assim também, toda pessoa por melhor que seja tem em seu coração uma propensão
para o mal, que pode ou não ser desenvolvido.
O amor é algo que Deus disponibilizou a todo ser humano neste mundo. Esse sentimento humano pode ser associado ao cônjuge, ao seu bem material, ao seu animal de estimação, ao amigo, até mesmo ao próximo de um modo geral. O amor original é absoluto, sublime, pleno e perfeito; mas os sentimentos que chamamos de amor humano é fraco e relativo em todos os aspectos. Mas quando cultivamos o amor de Deus, (amor original) que está derramado em nosso coração, podemos amar próximo da intensidade e nível de Deus. Esse é o amor narrado em 1Co 13.
4. A Diferença entre o amor original e o amor chamado “humano”, no Relacionamento conjugal.
Acima de tudo deve se amar com o amor Deus, esse, como Paulo disse em
1Co 13, (deves ler sempre), nunca acaba e nem sofre oscilação, mas o amor “humano”
pode diminuir e até acabar. Mas quando se ama com o amor original, o
relacionamento pode durar a vida inteira, até que a morte os separe.
Aqui jaz uma confusão
muito grande entre os casais. Eles se perguntam: se se amavam no início do
casamento, e o amor jamais acaba, então por que não permanece amando?
Sim, se se amavam da forma original, no inicio do casamento, e se
souberam cultivar a prática desse amor, ele jamais acaba. Mas o amor do libido,
da paixão, da atração sensual, esse pode desaparecer. Não se deve aqui
confundir, pelo fato de está narrado na Bíblia, que o amor em todos
aspectos é eterno; porque da mesma forma que ele é derramado em
nossos corações, tomando a forma de sentimentos humanos, pode deixar de exercer
influência sobre nós uma vez que não seja praticado racionalmente por
nós. Veja bem, antes de tudo ele é racional, depois emocional. Eu preciso
querer exercê-lo, senão ele deixa de existir no meu coração. Mesmo assim,
ele continua eterno, no exercício de Deus.
Em relação ao relacionamento
conjugal, mesmo quando o amor aparentemente deixa
de existir, o casamento pode, e deve, durar a vida inteira. Porque se
um cônjuge ama o outro com o amor original, não vai querer ser
egoísta, rude, fazer o que se quer, ficar satisfeito com a
injustiça, magoar o outro. Veja o que o texto sagrado diz:
"Se você amar alguém, será leal para com ele, custe o que custar. Sempre
acreditará nele, sempre esperará o melhor dele, e sempre manterá em sua
defesa”. Aqui se trata do amor de Deus. Portanto, a coluna de
sustentação de um casamento, não é o amor “humano” e sim o de Deus. Como o amor
“humano” depende das emoções, é instável e circunstancial; mas o
mesmo não acontece com o amor de Deus, pois ele não depende a
princípio das emoções e sim da razão, por isso é tolerante, incondicional, imutável,
eterno e estável.
Pode surgir aqui uma
pergunta: Posso ser feliz no casamento, se por ventura desaparecer o amor “humano”
e ficar somente o amor divino? A resposta vai depender do que se define
por felicidade. Não creio na felicidade de uma pessoa em detrimento a
felicidade de outrem. E no caso do casamento, um rompimento por não
haver mais amor ou sentimentos humanos, ou por nunca ter havido, estaria errada
pelo fato da decisão tomada ser panas por uma das partes. Isso causaria muitas
dores e transtornos provocados pela decisão. A não ser que ambos já não se amem
mais. Aí seria contraproducente continuarem. Fora disso, a pessoa da decisão
estaria sendo egoísta, rude e injusta. E ninguém poderia ser feliz sendo
causadora desses sofrimentos a outra. Nem teria o direito de ser feliz assim!!
Creio que a felicidade, no que se refere ao relacionamento, está no fato
de podermos amar o próximo incondicional e independentemente das
nossas pretensões egoístas e carnais. O amor divino se aplica a
todo relacionamento. Não só entre um casal; também entre pais e filhos,
patrão e funcionário; entre irmãos, professor e aluno, vizinhos, amigos etc.
Até em relação ao inimigo, (nesse último caso seria unilateral). O amor “humano”
tem o seu papel indispensável no casamento, mas a sua ação
precisa está governada, dosada, energizada e regida pelo amor divino.
Agora que já vimos o exercício do amor em todas essas modalidades, de uma forma convencional; vamos simplificar abordando o de outra forma. Na verdade, como eu já mencionei acima, só há um amor e esse é o amor de Deus. Esse amor divino e perfeito é manifestado e individualizado no coração de cada ser humano. Paulo disse no texto acima que o amor jamais acaba, sim, é verdade, ele está falando do amor único, de Deus. Mas a sua manifestação, em cada um de nós, pode desaparecer; mesmo assim ele continua sendo eterno. Isso evita muita confusão em relação ao amor nos relacionamentos. Muitos perguntam: o amor não é eterno, por que acabou naquele casamento? Não diziam que se amavam? Não juraram amor eterno? Sim, pode até terem jurado amor eterno, mas no coração do ser humano não é, necessariamente, eterno. Muitas coisas podem acontecer que causam o arrefecimento do amor. Uma delas e a principal é a falta de cultivo. O Amor é como uma planta, se for cuidado permanece, senão, desaparece.
Não devo dizer: “Eu amo você ”, a não ser que haja um verdadeiro sentimento, uma verdadeira emoção de amor em meu coração. Se assim não for, essa expressão não terá sentido. Se falta em nós esse sentimento, o mesmo precisa ser trabalhado antes.
Ele se manifesta na modalidade que se faz necessário em cada situação. No coração de um pai, no coração de uma mãe, no coração de um filho, no coração de um cônjuge. No coração de um amigo, ou em dedicação a Deus. Pode manifestar, também, em relação a tudo que é bom. Em relação a um animal de estimação, a uma árvore, a preservação na natureza e sucessivamente. Mas ele é único e sua fonte única é Deus. Deus é amor. Podemos concluir que o amor é único, e que o mesmo é o amor de Deus. E o que chamamos amor humano, são apenas sentimentos instáveis e finitos e pode tomar várias formas, como vimos acima.
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*Polimerase é uma enzima que catalisa a reação de polimerização de ácidos nucleicos a
partir dos seus monômeros. As polimerases mais comuns são a RNA polimerase e a DNA polimerase.
Para a duplicação celular acontecer, a DNA polimerase,
permite a ligação de nucleotídeos novos ao molde de DNA. Cada um dos filamentos
antigos contém a "informação" para a formação de um filamento
complementar, já que sua sequência de bases funciona como um "guia"
para a produção da fita nova. Esse processo é também chamado de duplicação
semiconservativa, porque cada molécula-filha conservou, ao final da
duplicação, uma das fitas, portanto, a metade da molécula-mãe (Wikipédia).
E VOCÊ, COMO DEFINE AMOR?
A maior parte do jovens, rapazes e moças, afirmam que estar apaixonado é
a razão de transar. Amor é frequentemente acusado de ser um poderoso
motivador de comportamento. Contudo, quantos de nós podem verdadeiramente
definir o que é o amor? Desde filmes a música e poesia, amor é
provavelmente o assunto mais falado, escrito ou cantado em toda história. Observe
estes exemplos:
“Amor significa nunca ter de dizer que
está arrependido.” -
trecho do livro e filme Uma história de amor (1970), estrelando Ali
MacGraw e Ryan O'Neal;
“Amor é um verbo...” - letra de uma
música do DC Talk, do álbum Free at Last (1992);
“Amor é paixão, obsessão, algo sem o qual você não pode viver... ” - diz Willian Parrish (Sir Anthony Hopkins)para sua filha a Susan Parrish, no filme Encontro marcado; “Uma vez eu ouvi dizer que amor é amizade em chamas. É isso que sinto por você..” - do filme Paixão de aluguel, de bem Feldman's Adam Forrest.
Grande maioria das definições de amor são falas ou músicas que “grudam
na cabeça”, fáceis de lembrar, marcam o pensamento, mas elas seriam
possíveis no mundo real? Se aplicarmos estes pensamentos em nossos
relacionamentos e experiências, elas realmente mostrariam o que é o amor?
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Aram Borges
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